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Macumba para além dos muros do terreiro
Author(s) -
Cristiano Sant’Anna de Medeiros,
Isadora Souza da Silva,
Stela Guedes Caputo
Publication year - 2021
Publication title -
redoc
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2594-9004
DOI - 10.12957/redoc.2021.61030
Subject(s) - humanities , philosophy , art
O termo macumba tem sido usado pejorativamente, como um insulto. Pretende-se, com ele, agredir religiões como umbanda, candomblé e cultos afro-diaspóricos de maneira geral. A ofensa verbal é parte do racismo estrutural da sociedade brasileira. Tão estrutural e tão alargado é o racismo, que possui várias máscaras da mesma face colonial, uma delas: o racismo religioso. No contexto atual, na nossa contemporaneidade, com o avanço das tecnologias e com as mudanças nas dinâmicas comunicacionais em rede, associado às táticas de luta antirracistas, outros espaços ganham protagonismo para difusão das religiões de matriz africana no Brasil, que extrapolam os muros dos terreiros, entre eles, as redes sociais da internet. Entendemos que esse contexto também se potencializa pela produção e consumo de imagens. Desta maneira, clicar, postar, curtir, comentar e compartilhar faz parte do nosso dia a dia na/da “Sociedade do compartilhamento” (SANT’ANNA, 2017), não somente como seguidores de páginas e perfis, mas como “imaginantes” (CAPUTO e SANT’ANNA, 2018). Assim, os macumbeiros tem ressignificado sua atuação para além dos muros dos terreiros. Partindo da Educação nos terreiros (CAPUTO,2012) pensamos para esse dossiê, artigos e pesquisas que versam sobre religiosidades afrodiaspóricas como também no entrecruzamento dos fenômenos da ciberculturas, tais como as redes sociais da internet.