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O grafite como cena cultural nas cidades: decolonialidade e biopolítica
Author(s) -
Andrea De Freitas Rocha Loures,
Maria Cecília Barreto Amorim Pilla
Publication year - 2022
Publication title -
revista de direito da cidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-7721
pISSN - 1809-6077
DOI - 10.12957/rdc.2022.54169
Subject(s) - humanities , power (physics) , philosophy , political science , sociology , art , quantum mechanics , physics
As manifestações artísticas fornecem fôlego para a sociedade reagir a possíveis violações de direitos humanos, em especial ao de expressão, em uma sociedade hierarquizada e normatizada por sistemas de poder, que no presente artigo se relacionam à biopolítica conceituada por Michel Foucault. Entendemos que a existência de micropoderes no âmbito cultural, que controlam, normatizam e hierarquizam a arte, propiciam mecanismos de censura, repressão e cerceamento da liberdade de expressão que podem impedir o acesso democrático e constitucional à cultura. O controle cultural exercido pela biopolítica em uma sociedade pode ser identificado na higienização das manifestações artísticas, na estigmatização da figura do artista pelo preconceito e na crescente desvalorização da arte por esferas políticas e institucionais. No contexto brasileiro, as relações entre arte e poder expressam características da perpetuação de uma matriz colonial, a qual permite que micropoderes desarticulem as políticas públicas culturais voltadas para manifestações artísticas baseadas na diversidade. Com base nessa premissa, o presente artigo tem como principal objetivo analisar em que medida podemos considerar o grafite como uma tomada estética de territórios e ao mesmo tempo uma invasão simbólica de espaços que não estão disponíveis a todos. 

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