z-logo
open-access-imgOpen Access
O habeas corpus 126.292 e a natureza da prisão decorrente de acórdão condenatório de 2º grau | The habeas corpus 126,292 and the nature of the imprisonment resulting from a 2nd conviction decision
Author(s) -
Tássia Louise de Moraes Oliveira
Publication year - 2018
Publication title -
publicum
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-7982
DOI - 10.12957/publicum.2018.30840
Subject(s) - humanities , tribunal , habeas corpus , political science , philosophy , supreme court , law
Em fevereiro de 2016, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, alterando o entendimento anterior, entendeu que a possibilidade de início da execução da pena condenatória após a confirmação da sentença em segunda instância não ofende o princípio constitucional de presunção de inocência, sob a justificativa de que a manutenção da sentença condenatória em segundo grau encerra a análise de fatos e provas que assentaram a culpa do condenado, o que autoriza o início da execução da pena. Diante deste contexto, uma questão, aparentemente, passou despercebida pela Corte, qual seja, qual seria a natureza da prisão decorrente da confirmação da pena em grau de apelação? Seria ela provisória cautelar (prisão preventiva) ou definitiva (prisão-pena)? Ou teria o Supremo Tribunal Federal, usurpando-se da função legislativa sob a máscara da mutação constitucional, criado uma terceira espécie de prisão no ordenamento jurídico brasileiro? Outrossim, na análise do presente trabalho, sustenta-se que a decisão paradigmática do Habeas Corpus 126.292 originou, indevidamente e de forma não proposital, um novo tipo de prisão no ordenamento jurídico brasileiro: a prisão não cautelar decorrente da confirmação da condenação em grau recursal.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here