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Jarid Arraes e a poética de resistência
Author(s) -
Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira
Publication year - 2018
Publication title -
palimpsesto
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1809-3507
pISSN - 1677-7557
DOI - 10.12957/palimpsesto.2018.35394
Subject(s) - humanities , philosophy
Quanto mais plural for a perspectiva lançada sobre os meios de aquisição de conhecimento, maiores são as possibilidades de compreender as trocas simbólicas que constituem os discursos. Dessa forma, pensamos o espaço da literatura como possibilidade de representações simbólicas que também (re)produzem práticas culturais. História e Literatura são formas distintas, porém próximas, de dizer a realidade e de lhe atribuir/desvelar sentidos. Este confronto pode partir da natureza epistemológica, ou seja, o que se refere a uma reorientação dos paradigmas explicativos da realidade, que dão entrada em cena, no terreno da História, ao introduzir novos referenciais que a aproximam da literatura. Referimo-nos, por exemplo, à concepção de que a História, tal como a Literatura, é uma narrativa que constrói um enredo e desvenda uma trama. Este trabalho analisa o diálogo entre Literatura e História a partir da escrita da brasileira Jarid Arraes. A obra de Arraes recupera fatos históricos e os reelabora por meio da literatura, que possibilita percorrer os espaços de sombra, engendrados por uma História que os silenciou. Utilizamos, além de pressupostos teóricos que versam sobre o tema, dois textos da poeta para verificar de que forma a literatura torna-se um importante registro sobre a questão étnico-racial a partir do olhar de quem, por muito tempo, ficou relegado ao esquecimento, e, quando retratado, pelo viés  literário, foi de forma estereotipada.

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