
FAZER MORRER E NÃO DEIXAR VIVER: DISCURSIVIDADES SOBRE A MORTE NO DISCURSO DO PRESIDENTE DO BRASIL
Author(s) -
Ana Cláudia Dias Ribeiro,
Adelto Rodrigues Barbosa
Publication year - 2021
Publication title -
matraga
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6905
pISSN - 1414-7165
DOI - 10.12957/matraga.2021.56489
Subject(s) - humanities , philosophy , political science
Neste trabalho, temos como objetivo refletir sobre as discursividades que atravessam o enunciado “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, proferido pelo presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro e seus efeitos de sentido, na perspectiva dos fundamentos teórico-metodológicos da Análise de Discurso de linha francesa materialista, para tanto utilizaremos os pressupostos teóricos de Pêcheux e Orlandi. Nesse sentido, mobilizamos o movimento parafrástico como dispositivo analítico, visando compreender o funcionamento discursivo do referido enunciado. A perspectiva pecheutiana tem como pressuposto relacionar a linguagem à sua exterioridade, representada, metodologicamente, pela situação e pelo sujeito, que são designadas de condições de produção. Dessa maneira, compreendemos como o enunciado selecionado, produz sentidos, por meio dos processos de significação instaurados no texto e descrevendo seu funcionamento. Visto que para a AD a língua é materialidade do discurso, portanto não se pode deixar de considerar sua relação com a historicidade.