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LIMIARES DO LITERÁRIO: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE LLANSOL E LISPECTOR
Author(s) -
Maria Lúcia Wiltshire de Oliveira
Publication year - 2021
Publication title -
matraga
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2446-6905
pISSN - 1414-7165
DOI - 10.12957/matraga.2021.53309
Subject(s) - humanities , philosophy , physics
Embora a escrita seja um artefato humano que elide ou põe entre parênteses o sujeito, deparamo-nos com situações limítrofes que ao romperem os paradigmas dos gêneros da prosa – no caso aqui, a ficção e as formas confessionais –, revelam dilemas que instabilizam o discurso literário produzido pelo imaginário. Com o objetivo de observar o limiar desta instabilidade, o trabalho pretende revisitar a postulação de diferença entre o literário e o não-literário para refletir sobre as distinções entre narrativa (escrita do outro) e o diário (escrita de si). De modo resumido a análise repousa em dois binômios -  real vs. ficcional, eu vs. outro - que serão discutidos frente ao desafio de Blanchot ao sugerir um “lugar da imantação”, passagem que opõe narrativa ao diário.  Na perspectiva de Peirce, a imagem é um hipo-ícone ou um quase-ícone que mantém com o real uma relação estreita de semelhança, que  garante a sua independência em relação ao real e ao sujeito que supostamente lhe poderiam servir, respectivamente, de cenário prévio ou de suporte autoral. Em torno destes conceitos, pretende-se discutir a imagem como unidade mínima do “belo” e seu efeito do “novo”. O corpus principal de discussão contempla excertos da escrita de duas autoras, extraídos das obras Uma data em cada mão; Livro de Horas I da portuguesa Maria Gabriela Llansol e Um sopro de vida; Pulsações da brasileira de Clarice Lispector.

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