MOÇAMBIQUE E SUAS PARTICULARIDADES: VIVÊNCIAS E OLHARES

O texto em questão aborda a terceira missão de estudos, pesquisa, intercâmbio e mobilidade do Projeto “Práticas sociais e saberes de mulheres e homens e a produção do território rural no Distrito de Marracuene, em Moçambique: viabilidade das alternativas produtivas no mundo da sustentabilidade”. Missão na qual ambos os autores deste artigo participaram na condição de doutorandos em Geografia, e estavam em sua primeira viagem ao continente africano. O texto relata, na perspectiva dos autores, um olhar ao que nos assemelham, ou nos aproximam, mesmo que apresentado de forma tímida, ou interpretado superficialmente. Porém, buscamos destacar Moçambique e suas particularidades, utilizando nossa vivência e nossos olhares no tempo de convivência e aprendizado em que estivemos por lá. Dentre as principais similitudes, possivelmente a primeira a se destacar, é o fato de termos o Português como idioma oficial, e que apesar de falarmos o mesmo idioma, por vezes não falávamos a mesma “língua”. As diferenças linguísticas tornaram-se evidentes e por diversas ocasiões precisávamos de alguma “tradução”. Ademais, a maioria das pessoas domina no mínimo outra língua e/ou dialeto, tão ou mais falado, de modo que ao caminharmos pelas ruas de Maputo, nem parecia que estávamos em um país lusófono. Apesar de alguns contratempos provocados pelas diferenças linguísticas e culturais, a receptividade do povo moçambicano foi sempre um diferencial. Dentre tantos pontos que enriqueceram nossa experiência abordada no texto, destacamos também que ficamos alojados em um dos prédios da moradia estudantil da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o que aprofundou nossa imersão.