
A SANTIFICAÇÃO DAS HORAS ASSINALADAS PELO REBOAR DOS SINOS UNIDO AO RESSOAR DO ÓRGÃO E DO CANTAR DOS MONGES
Author(s) -
Mauro Maia Fragoso
Publication year - 2017
Publication title -
espaço e cultura
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-4161
pISSN - 1413-3342
DOI - 10.12957/espacoecultura.2017.45371
Subject(s) - humanities , art
O canto gregoriano tem sido uma constante no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, desde a fundação do cenóbio, no final do século XVI até os primeiros anos do século XXI. Não obstante tratar-se de um estilo de música que a princípio deveria ser executado à capela, tal maneira de cantar está intimamente vinculado a dois elementos musicais: o sino e órgão de tubos. Para melhor compreensão desse estilo musical executado no seu devido tempo e espaço, é preciso contextualizá-lo na sua trajetória histórica, sem, no entanto, esquecer de sua fundamentação bíblica e mitológica. O canto sacro é considerado como parte integrante do Ofício Divino. Este, por sua vez, tem por finalidade louvar a Deus e, simultaneamente, a santificar as horas daquilo que hodiernamente é entendido como dia. Para tanto, esse estilo decanto sacro conta com a participação de dois instrumentos musicais: os sinos que sinalizando as horas litúrgicas, convida os fiéis à oração; e o órgão de tubos que sustentando as vozes daqueles que cantam no coro, ajuda a elevar suas orações à presença do Criador de toda sinfonia.