z-logo
open-access-imgOpen Access
A anterioridade ontológica da individuação: quarto estudo
Author(s) -
Susiane Kreibich,
Thiago Soares Leite
Publication year - 2021
Publication title -
ekstasis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-4786
DOI - 10.12957/ek.2021.51399
Subject(s) - philosophy , humanities
O artigo propõe um paralelo entre os pensamentos do psicanalista Sigmund Freud e da filósofa Edith Stein, e de ambos com a teoria da individuação formulada pelo franciscano medieval João Duns Scotus. Primeiramente, trata-se dos pensamentos de Freud e de Stein, apresentando quatro pontos de possíveis convergências teóricas. Em seguida, essas teorias contemporâneas são confrontadas com o pensamento scotista, cujo princípio de individuação considera que o indivíduo é constituído ontologicamente por algo positivo inerente à substância singular. Para Duns Scotus, ainda que os acidentes acompanhem a substância, estes não podem ser a causa de sua individuação, uma vez que lhe são posteriores. Dito de outro modo, não é possível que aquilo que torna algo indivíduo lhe seja ontologicamente posterior. Por fim, expõe-se que, das perspectivas steiniana e scotista, o ser humano é possuidor de uma estrutura ontológica na qual a individuação é pressuposta como anterior ao desenvolvimento de qualquer identidade, o que pode ser considerado um pressuposto implícito na teoria freudiana da subjetividade. Isso implica afirmar que a constituição do ser humano, em termos steinianos e scotistas, tem como base um substrato ontológico denominado indivíduo, a partir do qual podem ser desenvolvidas as identidades do modo como são concebidas da perspectiva freudiana, isto é: a subjetividade é resultado do desenvolvimento do indivíduo, tal qual os processos identitários o são na perspectiva de Woodward. Portanto, a subjetividade pode ser considerada uma expressão da singularidade.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here