
A Purificação Husserliana da Imagem no Curso “Fantasia e Consciência de Imagem”
Author(s) -
Thiago Pignata Carezzato
Publication year - 2017
Publication title -
ekstasis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-4786
DOI - 10.12957/ek.2017.28248
Subject(s) - humanities , philosophy
DOI:10.12957/ek.2017.28248O presente artigo busca verificar, nas páginas do curso “Fantasia e Consciência de Imagem”, a justeza de um diagnóstico bastante difundido acerca da imaginação em Husserl, segundo o qual ela não ocuparia senão um lugar inferior na hierarquia intencional. Defenderemos que é a adoção de um ponto de vista que não discrimina os tipos de imagem que dá respaldo ao suposto primado da percepção husserliano. Contudo, o modelo unitário de análise não é o único e se revela insuficiente para dar conta das caracterizações imaginativas. Isto é particularmente notável na representação de fantasia que, diferente da imaginação por representante físico, não está fundada na percepção. Pretendemos então mostrar, seguindo a via discriminativa, como a imagem da fantasia progressivamente é purificada de toda relação com a consciência figurativa e com o modelo perceptivo até ser anunciada por Husserl como uma “pura consciência de presentificação” tão última quanto a presentação perceptiva.