
Ganho de peso na gestação, segundo estado nutricional prévio e idade de puérperas atendidas na maternidade de um hospital público de Macaé, Rio de Janeiro
Author(s) -
Patrícia da Silva Freitas,
Yasmin Garcia Ribeiro,
Naiara Sperandio,
Luana Silva Monteiro,
Cléber Nascimento do Carmo,
Jane de Carlos Santana Capelli,
Fernanda Amorim de Morais Nascimento Braga,
Flávia Farias Lima
Publication year - 2020
Publication title -
demetra
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-913X
DOI - 10.12957/demetra.2020.48380
Subject(s) - medicine , gynecology , weight gain , body weight
Introdução: A gestação é uma etapa fisiológica que requer acompanhamento de saúde adequado, com vistas ao desfecho positivo para mãe e bebê. Dentre outros cuidados previstos no acompanhamento pré-natal, o ganho de peso é parâmetro a ser monitorado sistematicamente, diante de sua relevância para a saúde materno-infantil e da relação entre ganho de peso inadequado e intercorrências na saúde. Objetivo: Descrever o perfil de ganho de peso gestacional de puérperas assistidas em uma maternidade pública, segundo estado nutricional prévio e idade materna. Método: Estudo epidemiológico transversal descritivo, de base primária (prontuário hospitalar) e secundária (entrevista), realizado em 2014, com amostra de 113 mulheres de 20 a 40 anos com até 48h pós-parto. O estado nutricional pré-gestacional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e a avaliação da adequação do ganho de peso gestacional considerou as recomendações do Institute Of Medicine (IOM). Resultado: 73,5% tinham idade entre 20-29 anos; 69,9% realizaram seis ou mais consultas de pré-natal e 42,2% tinham excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) prévio à gestação. O estado nutricional pré-gestacional, segundo idade, revelou que 35,5%(n=79) daquelas entre 20-29 anos e 60%(n=30) das entre 30-40 anos apresentavam excesso de peso prévio. Houve associação significativa (p<0,01) entre as variáveis “ganho de peso gestacional” e “estado nutricional prévio”. Dentre as que tiveram ganho de peso excessivo, 73,1% tinham excesso de peso prévio. Conclusão: Parte expressiva das puérperas já possuía excesso de peso e teve ganho ponderal excessivo na gestação, sobretudo as mais velhas. Sugerem-se a idade materna e o estado nutricional prévio como fatores determinantes do ganho de peso e recomendam-se maior capilaridade e cobertura do acompanhamento nutricional pré-natal no sistema público de saúde como possibilidade de enfrentamento do ganho de peso excessivo, que contribui para o agravamento da epidemia de obesidade no Brasil.