
Associação entre o padrão de sono e marcadores de risco cardiometabólicos de adolescentes
Author(s) -
Laís Carvalho de Oliveira,
Maria Aparecida Zanetti Passos,
Eliana Pereira Vellozo,
Marcus Vinícius Lúcio dos Santos Quaresma,
Aline de Piano
Publication year - 2020
Publication title -
demetra
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-913X
DOI - 10.12957/demetra.2020.45177
Subject(s) - humanities , psychology , art
Introdução: O sono é uma função cerebral importante, e seu padrão sofre importantes mudanças desde a infância até a adolescência, assinalado por um atraso progressivo na fase de sono no início da puberdade. A privação de sono compromete cognição, vigilância e memória, distúrbios do humor e implicações metabólicas. Objetivo: Investigar a associação entre o padrão de sono, estado nutricional e risco cardiometabólico em adolescentes. Materiais e método: Tratou-se de pesquisa transversal, com 339 adolescentes das escolas municipais de Santana de Parnaíba, com idade entre 12 e 15 anos. Medidas antropométricas como peso, altura, circunferência de cintura e pescoço e maturação sexual foram aferidas. Utilizou-se a escala de sonolência diurna, bem como os questionários de cronotipo de Munique e jet lag social. Resultados: A pontuação na Escala de sonolência diurna pediátrica (ESDP) em meninas e meninos foi de 16,06 e 13,81, respectivamente. Segundo a classificação das horas de sono, não houve diferença no índice de massa corporal, circunferência de cintura e de pescoço. Verificaram-se mais horas de sono durante final de semana, independentemente do estado nutricional. A análise de regressão apontou que o sexo masculino e atividade física foram fatores protetores da sonolência diurna, já quanto maior a idade, cronotipo e jet lag social maior foi a sonolência diurna. O sexo masculino, pós-púbere, elevada circunferência de pescoço, excesso de peso e maior pontuação da ESPD associaram-se positivamente ao risco cardiovascular, já o jet lag social desempenhou fator protetor a esse risco. Conclusão: O sono insuficiente em adolescentes gerou sonolência diurna e jet lag social, enquanto este último exerceu efeito protetor para doenças cardiometabólicas.