
Situação de insegurança alimentar e nutricional em famílias quilombolas maranhenses
Author(s) -
Bruna de Moura Araujo Silva,
Victor Nogueira da Cruz Silveira,
Luana Lopes Padilha,
Maria Tereza Borges Araújo Frota
Publication year - 2020
Publication title -
demetra
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-913X
DOI - 10.12957/demetra.2020.43636
Subject(s) - per capita , political science , geography , population , medicine , environmental health
Introdução: A segurança alimentar e nutricional está relacionada às condições de moradia, saneamento básico, água de qualidade, acesso a programas sociais, escolaridade, emprego e acesso ao consumo de alimentos. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à insegurança alimentar e nutricional em famílias de comunidades quilombolas maranhenses. Métodos: Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos e de saúde de 373 famílias quilombolas, nos municípios de Penalva e Viana - MA, em 2015, por meio de formulário aplicado nos domicílios. A insegurança alimentar e nutricional foi avaliada utilizando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Os fatores associados à insegurança alimentar foram obtidos por meio da análise fatorial de classe latente (p<0,05). Resultados: A prevalência de segurança alimentar e nutricional foi de 20,1%, enquanto a de insegurança alimentar e nutricional foi de 79,9%, das quais 32,2% foram classificadas como leve, 25,7% moderada e 22,0% grave. Famílias chefiadas por mulheres, domicílios com mais de cinco pessoas, renda familiar per capita inferior a um quarto de salário mínimo e a não cobertura pela Estratégia Saúde da Família foram as variáveis associadas às classes de insegurança leve e moderada (p<0,05); na grave, todas as variáveis do modelo foram associadas (p<0,05). Conclusão: A insegurança alimentar e nutricional é elevada nas comunidades quilombolas estudadas, especialmente a grave. Esses resultados apontam para a necessidade de políticas públicas voltadas para assegurar acesso à educação, aumento da oferta de trabalho, garantia da renda mínima e expansão da cobertura da Estratégia Saúde da Família nas comunidades quilombolas.