z-logo
open-access-imgOpen Access
O DUPLO COMO O CRIMINOSO: UMA ANÁLISE DO LIVRO A METADE SOMBRIA, DE STEPHEN KING
Author(s) -
Maristela Scheuer Deves
Publication year - 2020
Publication title -
abusões
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-4022
DOI - 10.12957/abusoes.2020.49337
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Desde a antiguidade, a figura do duplo marca presença no imaginário humano, nas suas mais variadas formas e denominações – sombra, reflexo, sósia, irmão gêmeo, outro, Doppelgänger. Ela também se faz presente na arte em geral e na literatura em particular, em especial a partir do século XIX, com o duplo representando o lado sombrio que habita em cada um de nós, os nossos desejos mais obscuros (vide, por exemplo, o clássico romance O médico e o monstro – o estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, dr Robert Louis Stevenson). Saltando para o século XX, no livro A metade sombria, que analisamos no presente ensaio, o escritor Stephen King retoma o duplo em sua mais pura essência, incluindo aquela da convivência tumultuada entre o ser original e sua duplicata, nos moldes do que fez Edgar Allan Poe no conto “William Wilson”. O Doppelgänger, em King, começa com um “duplo” corriqueiro, o pseudônimo, mas logo envereda pelo insólito quando esse pseudônimo sai de uma tumba em que foi enterrado simbolicamente e ressurge como um ser à parte, cruel e que não hesita em matar quem se interpõe em seu caminho. Os crimes, é claro, são de início atribuídos ao personagem principal, Thad, que terá muito trabalho para provar que não foi ele e sim seu duplo, Stark, quem cometeu os assassinatos.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here