
O tempo sentado está associado aos fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes?
Author(s) -
Gizelly Santos,
Wagner de Campos,
Waynne Ferreira de Faria,
Jadson Marcio da Silva,
Rodrigo Bozza,
Luís Paulo Gomes Mascarenhas,
Anderson Zampiér Ulbrich,
Antônio Stabelini Neto
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira de atividade física e saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-1634
pISSN - 1413-3482
DOI - 10.12820/rbafs.25e0132
Subject(s) - physical activity , physics , humanities , gynecology , medicine , philosophy , physical therapy
O presente estudo teve como objetivo verificar a associação entre o tempo sentado e fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes. A amostra foi composta por 454 adolescentes (50,6% masculino) com idades entre 12 a 18 anos. O tempo diário despendido sentado e a prática de atividade física moderada-vigorosa foram avaliados por meio do recordatório de três dias de Bouchard. Os fatores de risco cardiometabólicos analisados foram: circunferência de cintura; glicose; HDL-C; triglicerídeos; e pressão arterial. Foi utilizada a análise de variância com dois fatores (sexo e quartis) para comparar os fatores de risco cardiometabólicos entre os quartis de tempo sentado. Para verificar a associação entre o tempo sentado e os fatores de risco cardiometabólicos foi empregado a regressão linear múltipla. Foi observado que os meninos pertencentes ao 4º quartil (maior tempo sentado) apresentaram valores mais elevados de glicose e triglicerídeos em comparação com seus pares com menos tempo. No sexo feminino, verificou-se que as pertencentes ao 3º e 4º quartil apresentaram maiores valores de triglicerídeos e glicose em comparação ao 1º quartil. Associações positivas e significativas foram observadas entre o tempo sentado e os valores de circunferência da cintura (β = 0,093; p < 0,05), glicose (β = 0,111; p < 0,05) e pressão arterial diastólica (β = -0,115; p < 0,05) mesmo após o ajuste para a prática de atividade física moderada-vigorosa. De acordo com os achados do presente estudo, conclui-se que os adolescentes que permaneceram maior tempo sentado apresentaram maiores valores de glicose, triglicerídeos e escore de risco cardiometabólico em comparação aos que despenderam menos tempo.