
Dor crônica e nível de atividade física em usuários das unidades básicas de saúde
Author(s) -
Daniele Fernandes da Silva de Souza,
Vítor Häfele,
Fernando Vinholes Siqueira
Publication year - 2019
Publication title -
revista brasileira de atividade física e saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-1634
pISSN - 1413-3482
DOI - 10.12820/rbafs.24e0085
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
O objetivo do estudo foi descrever a prevalência de dor crônica dos usuários das unidades básicas de saúde da zona urbana da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, e verificar o nível de atividade física e os fatores associados à dor crônica. Foi realizado um estudo transversal com amostra de 540 adultos com 18 anos ou mais, usuários de 36 unidades básicas de saúde. Considerou-se dor crônica aos que relataram o tempo referido de algum tipo dor de três meses ou mais. Foram estimadas razões de prevalência ajustada por meio da regressão de Poisson, com variância robusta. A prevalência de dor crônica entre os usuários foi de 41,5% (IC95%: 37,4 – 45,7). Na análise ajustada, as mulheres tiveram 50% maior probabilidade ao desfecho em relação aos homens; indivíduos de 40-59 anos e 60-90 anos, tiveram maior probabilidade de 44% e 61%, respectivamente, do que os de 18-39 anos; aqueles que perceberam sua saúde negativamente, tiveram 5,4 vezes mais probabilidade ao desfecho; utilizar três ou mais medicamentos aumentou 43% a probabilidade ao desfecho e; sujeitos que praticavam atividade física de lazer tiveram menor probabilidade de apresentar dor crônica. Conclui-se que, a prevalência de dor crônica em usuários de unidades básicas de saúde foi elevada (41,5%), sendo que a atividade física de lazer foi fator de proteção para o surgimento de dor crônica. Contudo, para o tratamento da dor crônica nas unidades básicas de saúde, a prática de atividade física torna-se de fundamental importância.