
São os membros superiores na Paralisia Cerebral negligenciados?
Author(s) -
Ubiratan Brum de Castro,
Lúcio Honório de Carvalho Júnior,
Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs
Publication year - 2014
Publication title -
journal of health and biological sciences
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-3084
pISSN - 2317-3076
DOI - 10.12662/2317-3076jhbs.v2i2.68.p62-64.2014
Subject(s) - medicine , ankle , cerebral palsy , gynecology , anesthesia , physical therapy , surgery
Objetivo: Avaliar se num serviço de atendimento especializado, o membro superior é preterido ou negligenciado no tratamento das alterações motoras da Paralisia Cerebral. Casuística e métodos: Foram analisados 80 pacientes portadores de Paralisia Cerebral menores de dezessete anos tratados institucionalmente. Foram avaliados pelo mesmo examinador quanto à classificação e tratamentos (cirúrgico ou não) do aparelho locomotor. Resultados: O membro superior teve a seguinte abordagem terapêutica considerando o grupo de mão comprometida, 1 (2%) foi submetido a transferência tendinosa no punho e 53 (98%) não foram operados. Quanto a órteses, 9 (17%) usavam estabilizadores de punho e 45 (83%) não usavam. Quanto à toxina botulínica não houve aplicação nos membros superiores. Nos membros inferiores, considerando o total de pacientes, 16 (20%) foram submetidos à cirurgia e 64(80%) não foram operados. As cirurgias foram um tratamento cirúrgico de luxação do quadril, 7 a alongamentos múltiplos em membros inferiores, 5 alongamento de tendão calcâneo, 3 tenotomia de adutores. Quanto ao uso de órteses, 49 (61%) faziam uso e 31(39%) não utilizavam. Dos pacientes que faziam uso de órteses, 48 usavam tala estabilizadora de tornozelo, um usava estabilizador de joelho. Quanto à o uso de toxina botulínica: 32 tiveram aplicação (40%) e 48 não receberam aplicação (60%). Conclusão: No presente estudo, o tratamento do membro superior foi negligenciado.