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Custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável no Brasil em 2009 e 2018
Author(s) -
Eliseu Verly,
Dayan Carvalho Ramos Salles de Oliveira,
Rosely Sichieri
Publication year - 2021
Publication title -
revista de saúde pública/revista de saúde pública
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1518-8787
pISSN - 0034-8910
DOI - 10.11606/s1518-8787.2021055003329
Subject(s) - agricultural science , zoology , physics , humanities , philosophy , biology
OBJETIVO Estimar o menor custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável e avaliar a evolução de seu custo nos períodos de 2008–2009 e 2017–2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de consumo individual dos módulos de consumo alimentar das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2008–2009 e 2017–2018. Os preços dos alimentos foram obtidos do módulo de caderneta de despesa das respectivas pesquisas. Os estratos amostrais de cada período foram reagrupados, formando 108 novos estratos com homogeneidade geográfica e econômica. Modelos de programação linear foram elaborados para gerar dietas para cada novo estrato, considerando as restrições do modelo 1 (≥ 400g de frutas e hortaliças) e modelo 2 (≥ 400g de frutas e hortaliças, < 2300mg de sódio, relação sódio/potássio < 1, ≥ 500mg de cálcio). Cada alimento das dietas observadas poderia desviar progressivamente em 5g a partir das médias de consumo observadas até que os modelos encontrassem uma solução em cada um dos estratos. A função objetivo foi de minimizar o custo total da dieta. RESULTADOS Os custos médios observados e otimizados foram de R$4,96, R$4,62 (modelo 1) e R$5,08 (modelo 2) em 2008–2009 e de R$9,18, R$8,69 e R$9,87 em 2017 –2018. Nos modelos 1 e 2 ocorreram incrementos de até 6% e 11% em 2008–2009 e de até 25% e 34% em 2017–2018 na menor faixa de renda. As principais modificações observadas nos dois modelos incluem a redução nas quantidades de bebidas adoçadas, doces, molhos, alimentos prontos para consumo e aumento de frutas e hortaliças, farinhas e tubérculos. CONCLUSÃO A adequação da quantidade de frutas e hortaliças acarretou aumento no custo para parte da população. Quando a adequação de cálcio, sódio e potássio foram consideradas, ocorreu um aumento mais expressivo no custo, especialmente em 2017–2018.

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