
O arranjador na Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso
Author(s) -
Eduardo Marinho da Silva
Publication year - 2020
Publication title -
opiniães
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2525-8133
pISSN - 2177-3815
DOI - 10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.178995
Subject(s) - art , humanities
Este artigo tem como objetivo analisar o processo de criação de uma figura incógnita presente no romance Crônica da casa assassinada, publicado pelo escritor mineiro Lúcio Cardoso no ano de 1959. Essa figura é responsável por resgatar os registros escritos dos dez narradores-personagens, rearranjando-os de forma a reconstituir a história da família Meneses. Na primeira parte, vamos desvendar o enredo oculto que subjaz a narrativa, analisando como a figura incógnita se movimenta pelas marcas gráficas e nas notações em itálico. Em seguida, essa figura será analisada à luz do conceito de arranjador (arranger), uma espécie de persona do autor que exerce pressão na economia narrativa. Por fim, discutiremos a hipótese de essa figura incógnita ser Glael, o filho perdido de Nina.