
Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista
Author(s) -
Francisco Silva Noelli,
Marianne Sallum
Publication year - 2020
Publication title -
revista do museu de arqueologia e etnologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2448-1750
pISSN - 0103-9709
DOI - 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2020.166053
Subject(s) - art , humanities
A Cerâmica Paulista resultou da conexão de tecnologias, práticas, significados e memórias. Ela foi produzida inicialmente pelas tupiniquins, em uma aliança com os portugueses na área de São Vicente e continuada por diversas gerações de mulheres, incluindo as que vieram de fora. No contexto dessas relações, materialidades e alimentos foram usados, apropriados e transformados, através de escolhas que entrelaçaram tecnologias antigas com novidades e mudanças culturais e identitárias. O exame de vasilhas inteiras, de fragmentos e dados publicados, mostra que a Cerâmica Paulista foi produzida desde o século XVI com algumas variações. A persistência das comunidades de práticas levou adiante maneiras de fazer e usar vasilhas cerâmicas, moldando valores e relações sociais que definiram a identidade Paulista.