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A gramática da história:
Author(s) -
Mauro L. Condé
Publication year - 2018
Publication title -
intelligere
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-9020
DOI - 10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2018.153192
Subject(s) - humanities , philosophy
Inspirado nas noções de gramática e pragmática da linguagem de Wittgenstein, a proposta desse artigo é apresentar a ciência da história como uma “gramática”. Talvez o sentido geral da noção de gramática do segundo Wittgenstein pudesse ser expresso da seguinte forma: o que é lógico ou racional está expresso nas regras da gramática de nossos comportamentos sociais. O que é lógico ou não é dito pela gramática. Podemos estender essa concepção de racionalidade gramatical de Wittgenstein para a ciência da história que em seu modus operandi também pode ser entendida como uma gramática. Essa “gramática da história” – como uma caracterização da racionalidade científica que insere sentido aos processos históricos – pode ser concebida como uma “teoria da história” que compreende tais processos históricos como uma “teia”, uma rede flexível e multidirecional de linguagens, práticas e interações sociais que se estende por meio de “semelhanças de família”. Essa rede gramatical não se propõe a fornecer “uma” inteligibilidade total e completa de uma “grande narrativa” do mundo, mas simplesmente proporcionar a compreensão de nossa condição de seres inseridos na gramaticalidade de nossa própria história, ainda que nossa gramática compartilhe “semelhanças de família” com outras gramáticas.

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