
ESPINOSA, MELANCOLIA E O ABSOLUTAMENTE INFINITO NA GEOMETRIA DOS INDIVISÍVEIS DO SÉCULO XVII
Author(s) -
Henrique Piccinato Xavier
Publication year - 2016
Publication title -
cadernos espinosanos/cadernos espinosanos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2447-9012
pISSN - 1413-6651
DOI - 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2016.121622
Subject(s) - philosophy , humanities
O artigo procurar refazer o debate seiscentista acerca da cientificidade da matemática e da possibilidade de se conceber a ideia do infinito positivo para abordar as implicações filosóficas da matemática na obra de Espinosa, dando estaque para a ordenação geométrica em sua Ética. Abordaremos o pensamento matemático do filósofo a partir de três perspectivas: a pedagógica, a epistemológica e a ontológica. No sentido pedagógico, a sua geometria sintética procura habitar a evidência como expressão retórica e pedagógica de encadeamentos perfeitos e auto evidentes que conduzem o andamento do leitor por proposições filosóficas. No sentido epistemológico, temos o habitar da própria coisa entendida por meio de uma definição genética que fornece tanto a própria essência atuosa da coisa como a diferença entre defini-la por meio de seus predicados (ou efeitos) ou por meio de sua essência íntima (ou causa eficiente). E no sentido ontológico de habitar o próprio infinito, pois a geometria nos fornece a própria forma para concebermos a ideia positiva de um absolutamente infinito em que necessariamente somos e tomamos parte.