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Entrevista com Jaa Torrano - Tradução da acribia poética
Author(s) -
André Malta
Publication year - 2016
Publication title -
cadernos de literatura em tradução/cadernos de literatura e tradução
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2359-5388
pISSN - 1981-2558
DOI - 10.11606/issn.2359-5388.i15p185-190
Subject(s) - humanities , philosophy
Nos 40 anos (que completa em 2015) como professor de língua e literatura grega na FFLCH-USP, Jaa Torrano (Olímpia/SP, 1949) criou uma forma muito particular de transposição, segundo a qual verter é fonte e fim da atividade de interpretação. Mas quem o conhece sabe: essa opção pela não dissociação entre estudo e versão não o fez corroborar a ideia batida - e ainda difundida entre acadêmicos - de que traduzir é prosaicamente transportar sentidos. Torrano, ao contrário, forjou uma economia poética, porque atento à voz do mito grego - a uma linguagem que tem, como já disse, seu próprio mo(vi)mento - e porque desinteressado de formalismos (ritmos, metros, sons) que por vezes estrangulam o conceito de "poético" entre nós. Os resultados, que podem ser conferidos no tratamento dado seja à épica de Hesíodo (Teogonia/1981), seja às sete peças de Ésquilo (Oresteia/2004; Tragédias/2009) e dezenove de Eurípides (no prelo), revelam um verso solto mas nunca frouxo, preciso e denso, pessoal e reverberante, verque que evidencia, assim, a presença de outras exigências e a necessidade de outros desafios, nas entrelinhas, para além da materialidade do verso.

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