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A filosofia da dor nas Consolações de Sêneca
Author(s) -
Cleonice Furtado de Mendonça Van Raij
Publication year - 1999
Publication title -
letras clássicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3150
pISSN - 1516-4586
DOI - 10.11606/issn.2358-3150.v0i3p11-21
Subject(s) - humanities , philosophy , physics
Ao se preocupar com o homem, Sêneca se propôs a encontrar argumentos capazes de ajudá-lo a superar suas paixões, angústias e desordem de alma. Vale ressaltar que, na arte de consolar, o filósofo procura não só expor sua filosofia, mas também entender a dor que abala a pessoa a ser consolada e, ainda, captar a visão de mundo desta, para assim melhor chegar ao seu espírito. Em Sêneca, a dor, embora seja apresentada como um mal universal, como presença certa na vida do homem, não foi trabalhada de modo estritamente convencionado pela tradição consolatória greco-romana, mas, sim, conforme os impulsos de cada situação. Assim, as consolações senequianas – Ad Marciam , Ad Helviam e Ad Polybium – retratam a valorização do homem, cuja grandeza está em entender todas as coisas, em ser superior à dor. O filósofo não concebe um homem submisso, nem a elevação deste pela inserção no todo natural, ao contrário, o vê como um ser superior, que se impõe ao meio, não se deixando vencer pela dor e pelas desgraças humanas.

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