
Platão, a transmigração das almas e Tito Lucrécio Caro
Author(s) -
María da Gloria Novak
Publication year - 1998
Publication title -
letras clássicas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3150
pISSN - 1516-4586
DOI - 10.11606/issn.2358-3150.v0i2p67-82
Subject(s) - span (engineering) , life span , medicine , structural engineering , gerontology , engineering
Platão apresenta a teoria da reminiscência como prova da imortalidade da alma em Fédão , Fedro , Mênão e República ; já em Fedro e República , descreve a composição tripartida da alma e a transmigração da alma. Por sua vez, Lucrécio, no De rerum natura , assim como Epicuro, na Carta a Heródoto , propõe a teoria do esquecimento e afirma que a alma é corpórea; demais, divide a alma em duas partes: animus e anima, ou espírito e alma, e em quatro elementos: calor, sopro, ar e uma quarta substância. Lucrécio, poeta, apóia-se na experiência: não nos lembramos; Platão, filósofo, no mito: saber é lembrar. O epicurismo afasta-se totalmente da concepção órfico-pitagórica e platônica de uma alma imortal: surgiu para livrar dos seus temores o homem, que, ante a morte, teme dores terríveis e eternas para a alma, e a insensibilidade para o corpo. Segundo o epicurismo, ambos os temores são irracionais: quando o homem existe a morte não está presente, e quando está presente o homem já não existe.