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Uma suposta contradição na ciência inglesa do século XVII: divulgação x sigilo
Author(s) -
Ana Maria AlfonsoGoldfarb
Publication year - 2000
Publication title -
discurso
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-8863
pISSN - 0103-328X
DOI - 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38044
Subject(s) - humanities , philosophy
Estudos recentes vêm revisando a composição da literatura que, ao longo do século XVIII serviu como base às ciências em território britânico. Segundo esses estudos, os seiscentistas de fala inglesa dedicaram-se a duas linhagens de texto, originadas em concepções de ciência muito distintas. Uma dessas linhagens tinha como fonte principal a antiga “literatura do segredo” que incluía desde velhos e sigilosos manuais de ofício até os milenares e proibidos tratados de hermética, literatura antes reservada a poucos.  Diferente dessa, a outra ]inhagem de textos surgia como um direto da proposta baconiana para a nova ciência: um saber elaborado por muitos e ao alcance de todos. Exemplos conhecidos dessa linhagem são os livros de divulgação utilizados pelos comenianos ingleses ou mesmo os relatórios, atas e memórias das sociedades científicas, geradores dos primeiros embriões de periódicos dedicados às ciências. Todavia, sob essa aparente contraposição das duas linhagens, há indícios de um profícuo diálogo - expresso sobretudo na correspondência e diários pensadores da época

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