z-logo
open-access-imgOpen Access
Literatura e antropologia como paradigmas críticos do direito
Author(s) -
Guilherme Grané Diniz
Publication year - 2018
Publication title -
revista da faculdade de direito da universidade de são paulo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-8235
pISSN - 0303-9838
DOI - 10.11606/issn.2318-8235.v112i0p715-735
Subject(s) - philosophy , humanities
O pensamento de crítica do Direito já é muito antigo em nossa sociedade, encontrando desde seus primórdios diversos paradigmas. No passado, a filosofia foi o principal paradigma e com o advento da modernidade e do positivismo filosófico, a ciência passou a ocupar este lugar. No presente artigo, em primeiro momento, exploramos como a antropologia funciona enquanto um paradigma crítico do Direito, a partir do descentramento do olhar ocidental sobre suas instituições e consequente desnaturalização da ideia da universalidade do Direito. Para tanto, exploramos alguns textos postos pelo antropólogo contemporâneo Robert Vachon. Mas, no segundo passo deste trabalho, queremos mostrar que a antropologia encontra limitações para essa crítica no fato de estar atrelada culturalmente à modernidade social, de modo que em uma crítica que busca descentrar de forma absoluta de nossas categorias ela incorre no que Habermas chama de contradição performativa. Desse modo, pretendemos propor a literatura como um paradigma crítico do Direito que não sofre com os ônus enunciativos que a antropologia traz, podendo fazer assim uma crítica mais profunda e consequente.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here