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O fantasma de Strawberry Hill: pseudotradução e a proposta estética de Horace Walpole (a partir de uma leitura dos prefácios de O Castelo de Otranto)
Author(s) -
Dircilene Fernandes Gonçalves
Publication year - 2013
Publication title -
tradterm
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-9511
pISSN - 0104-639X
DOI - 10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2013.59355
Subject(s) - humanities , art , philosophy , romance , literature
A primeira edição de O Castelo de Otranto veio a público em dezembro de 1764, quando o romance inglês estava em plena formação. O fato de o texto ter sido apresentado como uma tradução de um original italiano do século XVI abrandou a reação da crítica à narrativa, a qual ia de encontro à racionalidade moderna da época, que pretendia estabelecer para o romance nascente um caráter educativo e exemplar. No entanto, a segunda edição, publicada em abril de 1765, trouxe a revelação de que o texto não era uma tradução, mas uma narrativa original escrita por Horace Walpole (uma pseudotradução), o que causou reações diversas no público e na crítica, levando a acaloradas discussões estéticas e éticas em torno da farsa engendrada pelo autor e que acabaram por conferir à obra, até hoje, o status de fundadora do romance gótico.

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