
Sintomatologia psíquica e osteomuscular em caixas executivos e relação com a organização do trabalho: o casode um banco estatal no Brasil meridional
Author(s) -
Juliana Scopel,
Paulo Antônio Barros Oliveira,
Jaquelline Campello
Publication year - 2007
Publication title -
saúde, ética and justiça
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-2770
pISSN - 1414-218X
DOI - 10.11606/issn.2317-2770.v12i1-2p33-41
Subject(s) - font , span (engineering) , humanities , life span , psychology , philosophy , art , gerontology , medicine , engineering , visual arts , civil engineering
O artigo tem como objetivo identificar a situação de saúde dos caixas executivos em um banco público de Porto Alegre que vem passando por intenso processo de reestruturação, e os fatores de risco que levam ao adoecimento de seus funcionários.Material e Métodos: Participaram da pesquisa 138 trabalhadores de 34 agências bancárias. Os dados foram coletados através de questionários estruturados. Para a análise da determinação das relações causais, utilizou-se a estatística analítica e inferencial e para a análise das cargas de trabalho e a forma como determinam o desgaste/ adoecimento, utilizou-se o Teste de Correlação de Pearson.Resultados:As situações problemáticas de trabalho que tiveram maior correlação com a sintomatologia osteomuscular e psíquica referida foram, respectivamente, a atividade estressante, volume de trabalho excessivo, exames médicos insatisfatórios, exigências posturais e cadeiras, equipamentos, máquinas desconfortáveis. As queixas dos fatores da organização do trabalho, psicossociais, do ambiente e do mobiliário são muito freqüentes, indicando a necessidade de modificações no ambiente de trabalho destes bancários. O sexo feminino prevaleceu (59,4% da amostra). A média de horas por dia de trabalho foi de aproximadamente 8 horas e 21 minutos. Houve forte correlação entre situações problemáticas de trabalho e problemas de saúde (88,46% foram significativas). Quanto ao acidente de trabalho, 61 (45,86%) referem que nunca sofreram acidente de trabalho, 38 (52,78%) sofreram doença do trabalho, 25 (34,72%) foram assaltados, 4 (5,55%) sofreram acidente típico, 2 (2.78%) sofreram acidente de trajeto, e 3 (4,17%) sofreram outro tipo de acidente.Conclusão: Identificou-se que os maiores comprometimentos na atividade de caixa de banco são em função do volume excessivo de trabalho, da exigência de esforço mental e principalmente as posturas inadequadas com a cabeça, mãos e braços. O estresse e as jornadas de trabalho, que costumam ser longas, favorecem o comprometimento do bem estar e a saúde do caixa, na busca, pelo mesmo, em conseguir atender a demanda de serviços existentes.