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Notas sobre a sala São Paulo e a nova fronteira urbana da cultura
Author(s) -
Guilherme Wisnik,
Mariana Fix,
José Guilherme Pereira Leite,
Julia Pinheiro Andrade,
Pedro Martins Ferreira Arantes
Publication year - 2000
Publication title -
pós. revista do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da fauusp
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-2762
pISSN - 1518-9554
DOI - 10.11606/issn.2317-2762.v0i9p192-209
Subject(s) - humanities , art
A antiga estação de trens Júlio Prestes, concebida para ser a porta de entrada da cidade do café, foi inaugurada apenas em 1938, depois da crise de 1929, e permaneceu esquecida por longo tempo. Somente agora, quando é convertida em uma moderna sala de concertos, a estação parece viver seu apogeu. Sede da nova Orquestra do Estado, modernizada pelo maestro Neschling, a Sala São Paulo é atualmente o maior símbolo das novas intervenções em cultura na cidade. Rodeada por uma zona urbana degradada, a chamada “ Cracolândia" a Sala São Paulo nasce como aparente sinal de civilização em meio à barbárie e pretende transformar todo seu entorno. Mais que isso, a sala é anunciada como o ponto de inflexão de uma “ grande virada” na área central: desencadeando, juntamente com outros investimentos culturais, um “ efeito dominó” de revalorização e retomada dos negócios imobiliários. As relações entre Estado e setor privado, entre alta cultura e mercado imobiliário, a disputa territorial que se configura com a tentativa de retomada do centro pelas elites e seu suposto projeto civilizatório permeiam a história da Sala São Paulo e são investigadas neste artigo

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