
Territorialidade e ecótonos urbanos: limites em tensionamento
Author(s) -
James Miyamoto
Publication year - 2020
Publication title -
pós. revista do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da fauusp
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-2762
pISSN - 1518-9554
DOI - 10.11606/issn.2317-2762.posfau.2020.165420
Subject(s) - humanities , physics , political science , philosophy
A originalidade deste trabalho consiste na busca pela compreensão das inquietudes das relações urbanas que caracterizam os “ecótonos urbanos”, a partir de revisão bibliográfica da expressão territorial que marca e distingue os ecossistemas. A expressão “ecótono” é discutida e recontextualizada sob o prisma urbano, por meio de um enfoque transdisciplinar. Na sequência, são apresentadas situações particulares, associadas a proposições de classificações atinentes ao termo, no âmbito das cidades. O mesmo radical grego “oîkos” (eco), presente em “ecologia” e que denota o ambiente íntimo − a casa −, surge em ecótono, acrescido do grego tonos (ou do latim tonus), que indica tensionamento. Assim, ecótono, originariamente uma expressão coloquialmente encontrada na biologia, referencia-se às zonas de transição entre biocenoses. É a região onde biomas fronteiriços, com estruturas e características diferentes, encontram-se e tensionam-se. Em ambiente urbano, a definição merece uma aproximação mais específica que convida à reflexão da presença marcantemente antrópica. Implica em reconhecer convivências que, muitas vezes, levam a rusgas e embates sociais de cunho político, cultural, afetivo, econômico etc. A multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade associadas ao tema demandam certo trânsito entre as ciências naturais e as ciências sociais, em suas diversas manifestações e aproximações.