
O efeito da intervenção não farmacológica na densidade mineral óssea de pacientes com lesão medular: uma revisão sistemática
Author(s) -
Rickella Aparecida Alves Moreira,
Natália Silveira de Paiva,
Flavio Rodrigo Cichon,
Marta Imamura,
Daniel Rúbio de Souza
Publication year - 2021
Publication title -
acta fisiátrica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-0190
pISSN - 0104-7795
DOI - 10.11606/issn.2317-0190.v28i1a173528
Subject(s) - medicine , cochrane library , randomized controlled trial
Objetivo: Avaliar os efeitos das medidas não farmacológicas na prevenção de perda ou no aumento da densidade mineral óssea de pacientes com lesão medular. Método: Revisão sistemática usando as bases de dados Medline, Embase, Cochrane Library e Lilacs com pesquisa entre 2009 e junho de 2019. Resultados: Foram encontrados 801 artigos dos quais foram selecionados, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 15 artigos: 8 Estudos Clínicos Randomizados (ECR), 5 Estudos de Intervenção e 2 Revisões Sistemáticas. Conclusão: As evidências do uso de terapias não farmacológicas para prevenção e tratamento da osteoporose em LM são fracas e seus estudos contêm inúmeros vieses impossibilitando conclusões definitivas. O FES é a modalidade mais estudada e seu uso pode ser benéfico tanto para prevenção como para o tratamento da perda de massa óssea. Os resultados são observados com um uso frequente (5 sessões semanais) e associado a atividades físicas em especial as que promovam maior resistência muscular. Destacamos também que o retardo na perda de massa óssea está circunscrito ao período de aplicação, cessando após o término do mesmo. A associação de eletroestimulação e exercícios parece potencializar a ação medicamentosa, mas mais estudos são necessários para ratificar esta impressão. Intervenções não farmacológicas como o ortostatismo, atividades físicas, treino de marcha e a eletroestimulação são estratégias de baixo custo, baixo risco, poucos efeitos colaterais e com inúmeros outros benefícios na reabilitação de lesados medulares. Por isso, ainda que não tenhamos evidências consistentes de ação na massa óssea, estão fortemente recomendados.