
Contribuição à petrografia, geoquímica e geologia isotópica do Granito Itapuranga na porção central da Faixa Brasília
Author(s) -
Alanna Cristina Vieira Rodrigues da Silva,
Valmir da Silva Souza,
Mássimo Matteini,
Nilson Francisquini Botelho
Publication year - 2020
Publication title -
geologia usp. série científica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.237
H-Index - 21
eISSN - 2316-9095
pISSN - 1519-874X
DOI - 10.11606/issn.2316-9095.v20-145243
Subject(s) - geology , humanities , geochemistry , art
O Granito Itapuranga localiza-se na porção central da Faixa Brasília, exibe formato alongado na direção E-W e está associado ao Lineamento dos Pirineus. Apresenta textura porfirítica em diferentes estágios deformacionais (protomilonito a ultramilonito), com mineralogia constituída de fenocristais de feldspato potássico em matriz quartzo-feldspática, associado a biotita e anfibólio, além de titanita, epídoto e zircão como minerais acessórios. Os dados geoquímicos revelam composição subalcalina de alto-K (shoshonítica) e metaluninosa, variando de quartzo sienito a sienogranito e monzogranito. As idades TDM Sm-Nd variam de 1,27 a 1,91 Ga com valores εNd(0) = -11 a -15, sugerindo fonte crustal mais antiga (Paleo a Mesoproterozoico). Esse magmatismo possui assinatura geoquímica do tipo-I e envolve processo de fracionamento, provavelmente de ambiente tardi-orogênico a pós-colisional. Os dados obtidos indicam que o Granito Itapuranga foi originado a partir da fusão parcial de uma crosta paleoproterozoica, interagindo com manto litosférico heterogêneo metassomatizado durante processo de subducção. Para essas interpretações, associa-se uma importante contribuição de fontes astenosféricas ligadas à colisão do Arco Magmático de Goiás a partir da fusão do manto por descompressão adiabática.