
Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil
Author(s) -
Eduardo Henrique Rodrigues Pereira,
Nilson Francisquini Botelho,
Claudinei Gouveia de Oliveira,
Eduardo Valentin dos Santos
Publication year - 2019
Publication title -
geologia usp. série científica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.237
H-Index - 21
eISSN - 2316-9095
pISSN - 1519-874X
DOI - 10.11606/issn.2316-9095.v19-151883
Subject(s) - physics , humanities , art
A Mina Bonfim é caracterizada por camadas de mármores em contato com flogopita xistos subjacentes, ao longo do qual se desenvolveu o escarnito rico em tungstênio e ouro, disposto seguindo a orientação N10ºE/30ºSE, cisalhado e estruturado sob a forma de boudins, em baixo ângulo de caimento (12º) ao longo da direção N10ºE. A scheelita encontra-se nos boudins, associando-se à molibdenita, ambas sendo formadas sob condições sin-tectônicas dúcteis, consistindo na primeira fase de mineralização. O ouro encontra-se em fraturas de cisalhamento tardias, com orientação N70oW/75ºSW, que seccionam e deslocam o escarnito scheelitífero. As fraturas são preenchidas por prehnita (ganga), ouro e minerais de bismuto, indicando que a precipitação do ouro ocorreu na fácies prehnita-pumpelliyta, sob regime dúctil-rúptil, que corresponde à segunda fase de mineralização. O ouro é rico em prata com até 16,09%Ag, e suas formas de ocorrência são: livre na ganga, em fraturas ou em contato com bismuto, bismutinita e joseíta, constituindo a paragênese aurífera. Grãos de ouro exibem bismuto na composição, podendo chegar a 0,44%Bi. O minério está hospedado em escarnito reduzido, gerado em estágios progressivo e retrogressivo, produto do metassomatismo em mármores alterados por fluidos carreados ao longo de estruturas.