z-logo
open-access-imgOpen Access
"Ou a morte ou o livro": a escrita em Marguerite Duras
Author(s) -
Tatiane de Souza França Rangel
Publication year - 2018
Publication title -
non plus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-3976
DOI - 10.11606/issn.2316-3976.v7i14p142-155
Subject(s) - art , philosophy , humanities
Nas primeiras páginas de O Amante (1984), livro que trouxe à Marguerite Duras o Prix Goncourt do mesmo ano, uma frase se repete: “Deixe-me contar de novo”. A obra durassiana, como um todo, parece funcionar nesse movimento de maré: um (re)contar que passeia por diferentes tipos de representação, desde a página até as telas de cinema. Uma questão começa a se desenhar: por que seria preciso contar e recontar inúmeras vezes, mudando a forma narrativa, mudando o aparato representativo, facetas de uma mesma – ou de várias mesmas – histórias? O que seria escrever para uma autora que, ao ensaiar sobre a escrita, diz que ao se achar no fundo de um buraco, numa solidão quase total, se descobre que só a escrita pode nos salvar? É no encalço dessas interrogações que o presente artigo se desenrola. No encontro entre duas obras, O amante (1984) e Agatha (1981), busca-se pensar no que essa escrita, única salvadora, representa, e na relação que ela configura com o corpo de quem escreve quando se acha, só, no fundo de um buraco.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here