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MOBILIDADE SUSTENTÁVEL - CALÇADAS: ESPAÇOS DESTINADOS AOS DESBRAVADORES URBANOS NO BAIRRO DE SANTO AMARO
Author(s) -
Adrielli França da Silva
Publication year - 2016
Publication title -
revista labverde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-2275
DOI - 10.11606/issn.2179-2275.v2i11p104-130
Subject(s) - humanities , art , physics
Os espaços de passeio no ambiente urbano destinados aos pedestres parecem ter sido resultado de um grande improviso dentro das questões de estruturação dos meios de circulação da cidade de São Paulo. Inicialmente as calçadas não eram destinadas para as pessoas trafegarem e sim as ruas, todavia com o aumento da indústria automobilística, as ruas passaram a ser projetadas prioritariamente para os automóveis, deixando em segundo plano as estruturas estabelecidas para a circulação de pessoas. As ações do poder público durante anos estiveram voltadas ao conforto do automóvel, direcionando a responsabilidade das calçadas aos proprietários dos lotes, definindo alguns parâmetros básicos que ainda hoje, raramente são seguidos, conformando caminhos sem unidade, desconexos e irregulares. Essa transmissão de responsabilidade mostra claramente o valor que se dá ao pedestre - basicamente nenhum - pois nem sequer existe a preocupação em disponibilizar uma via decente para ele trafegar em segurança e conforto.  Santo Amaro foi escolhido para análise por ser um território extremamente diversificado quanto ao uso e a forma de ocupação e por suas características topográficas e de intenso movimento de pessoas. Assim, foi feito uma análise das calçadas da região através de diversas tipologias de pedestres, a fim de identificar dificuldades específicas e gerais de locomoção no bairro. Foram percorridos aproximadamente 12 quilômetros de calçadas no bairro, onde foi possível agrupá-las em 3 condições principais: Calçadas Adequadas; Calçadas Inadequadas com Potencial de Adequação e Calçadas Inadequadas sem potencial de Adequação. Constatou-se que as áreas com grande potencial parecem estar à espera da conscientização de seus cuidadores, os proprietários, ou apenas de uma aplicabilidade e fiscalização mais rigorosa de nossas legislações em vigência, afinal é direito do cidadão não apenas ir e vir mas ser servido de qualidade em quaisquer que sejam seu percurso.

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