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Revisitando a história da genética clássica: dos caracteres unitários ao gene (1900-1926)
Author(s) -
Larissa Nunes Durigan,
Lilian Al-Chueyr Pereira Martins
Publication year - 2021
Publication title -
filosofia e história da biologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-6224
pISSN - 1983-053X
DOI - 10.11606/issn.2178-6224v16i2p209-236
Subject(s) - philosophy , humanities
O presente artigo se refere ao período da chamada genética clássica. Seu objetivo é discutir sobre as concepções e terminologia aplicadas ao material hereditário entre 1900 (“redescoberta” do trabalho de Mendel) e a publicação do livro The theory of the gene (1926) de Thomas Hunt Morgan (1866-1945), procurando averiguar se houve mudanças em relação a esses aspectos durante o período. O foco de nossa análise são as contribuições de dois grupos: o grupo britânico liderado por William Bateson (1861-1926) e o grupo norte-americano, liderado por Morgan. No período estudado, a terminologia foi mudando de “fator”, “caracteres”, “caracteres-unitários” e “gene”, que foi adotado a partir de 1926. Apesar de Bateson e Morgan considerarem que os agentes hereditários estivessem nas células germinativas, desconheciam sua composição. Esta pesquisa mostrou que durante o estabelecimento de uma nova área de estudo vão ocorrendo modificações em relação à terminologia empregada bem como à conotação dos termos, até que haja um consenso por parte da comunidade científica que os adote.