
Eugen Warming: um dinamarquês desvenda o cerrado brasileiro
Author(s) -
Osmar Cavassan,
Veridiana de Lara Weiser
Publication year - 2020
Publication title -
filosofia e história da biologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-6224
pISSN - 1983-053X
DOI - 10.11606/issn.2178-6224v15i2p179-193
Subject(s) - flora (microbiology) , logos bible software , humanities , floristics , geography , art , philosophy , ecology , biology , theology , species richness , genetics , bacteria
O botânico Johannes Eugenius Bülow Warming (1841-1924) atuou como professor de botânica nas Universidades de Copenhagen e Estocolmo, sendo também reitor em ambas e diretor do Jardim Botânico de Copenhagen. Visitou vários países em expedições científicas e foi conferencista em eventos, inclusive o Brasil. Figura de destaque na ecologia vegetal, Warming influenciou a geração de jovens botânicos e ecólogos que o sucederam, principalmente pela abordagem sistêmica ao cerrado. Alguns ecólogos atribuem a ele a expressão “fatores ecológicos”. O objetivo deste artigo é apresentar informações sobre a vida e obra de Warming destacando seus estudos sobre o cerrado e o seu papel na definição de linhas de pesquisa em ecologia vegetal. Warming, esteve no Brasil, mais precisamente em Lagoa Santa, Minas Gerais, de 1863 a 1866. Nesse período, coletou, descreveu e registrou em desenhos e fotografias a vegetação e representantes da flora do cerrado daquela região. Ele não se limitou aos aspectos estéticos, mas associou a vegetação e a flora do cerrado às características climáticas, edáficas e ocorrência de fogo. A importância de sua obra reside na maneira como ele procedeu em sua pesquisa. Publicou o primeiro estudo sobre o cerrado brasileiro na língua dinamarquesa, que foi traduzido para o português como Lagoa Santa: coribuição para a geografia phytobiologica por Johan Albert Constantin Löfgren (1854-1918) em 1908.