
Uso de letras maiúsculas na novela Statira, e Zoroastes, de Lucas José d’Alvarenga (1826)
Author(s) -
Gracinéa I. Oliveira
Publication year - 2017
Publication title -
filologia e linguística portuguesa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9419
pISSN - 1517-4530
DOI - 10.11606/issn.2176-9419.v19i1p57-87
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Neste artigo, descreveu-se e analisou-se o uso das letras maiúsculas na primeira novela publicada no Brasil – Statira, e Zoroastes (1826), de Lucas José d’Alvarenga. Na análise dos dados, utilizou-se a classificação proposta por Meier (1948). Para isso, listouse, quantificou-se e classificou-se toda ocorrência de letras maiúsculas da novela em duas funções propostas pelo autor: estruturante (relacionada a aspectos visuais e sintáticos) e semântica (relativa a elementos de particularização e de ênfase a determinados campos semânticos). Na primeira, o uso da letra maiúscula foi categórico nos contextos analisados. Na segunda (que inclui as funções individualizadora, hierarquizadora, distintiva), houve oscilações, mas a análise mostrou que o uso da inicial maiúscula não foi aleatório, nem se restringiu à grafia, está relacionado aos grandes temas da novela: política, nobreza, guerra, religião, saber e sentimento. Ou seja, o uso foi, sobretudo, de ordem semântica. Os temas relevantes que perpassam o texto foram grafados com letra inicial maiúscula.