
Incidência de near miss neonatal em uma maternidade de médio porte do Nordeste Brasileiro
Author(s) -
Anajás da Silva Cardoso Cantalice,
Karlla Kellyane Alves Carvalho,
Lucian Batista de Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.104
H-Index - 10
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v53i1p1-7
Subject(s) - medicine , neonatal intensive care unit , pediatrics , gynecology , obstetrics
Objetivo: Verificar a incidência de near miss neonatal (NMN), indicador de “quase morte” por complicações pré ou pós-natais, em uma maternidade de médio porte no Nordeste brasileiro. Modelo do estudo: Coorte retrospectiva, com abordagem indutiva e procedimentos descritivos. Metodologia: Analisou-se prontuários de nascidos no mês de janeiro de 2016, identificando-se os casos de NMN conforme os seguintes critérios: idade gestacional < 32 semanas, recém-nascido (RN) que necessitou de manobra de reanimação ou deprimido, peso ao nascimento < 1500 g, necessidade de cuidados em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), necessidade de ventilação mecânica, escore de Apgar no 1º e 5º minutos < 7. Para verificar a associação entre as variáveis maternas e o diagnóstico de NMN, foi utilizado o teste t de Student. Resultados: Foram avaliados 120 RN. Dentre eles, 26 nascidos de parto normal e 94 de parto cesáreo. A média de idade materna foi de 26,61 (±7,9). A maioria das genitoras apresentava doenças cardiovasculares (71,7%) e 70,8% pré-natal com número de consultas inferior a sete. Identificou-se uma incidência de 30% de NMN, sendo a maioria do sexo masculino (55%). A taxa de internação na UTIN foi de 17,5%. O menor número de filhos vivos e médias superiores de partos cesáreos apresentaram associação significativa (p < 0,05) com o NMN. Conclusão: O indicador de NMN apresentou uma elevada incidência, mesmo em hospital de referência para gestação de alto risco, sendo um método de grande relevância para avaliação e prevenção de morbidades graves do RN.