
Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com hanseníase atendidos em hospital universitário no Rio de Janeiro entre 2008 e 2017
Author(s) -
Vinicius Martins de Menezes,
Juliana Chaves Ruiz Guedes,
Larissa Starling de Albuquerque Fernandes,
Natacha de Mello Haddad,
Ricardo Barbosa Lima,
Elizabeth Santana Martins,
Carlos José Martins
Publication year - 2019
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.104
H-Index - 10
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v52i1p7-15
Subject(s) - medicine , gynecology , pediatrics
Modelo do estudo: Estudo observacional, longitudinal, retrospectivo e descritivo de uma coorte de pacientes.
Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de hanseníase, atendidos em um centro de referência no estado do Rio de Janeiro.
Metodologia: Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico de hanseníase atendidos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle entre os anos de 2008 a 2017. Os dados foram coletados através da revisão de prontuários e analisados através de estatística descritiva, utilizando-se o software SPSS 22.0 database . Resultados: Um total de 112 pacientes foi incluído no estudo, sendo que 54,5% eram do sexo masculino. A média de idade foi de 49,9 anos, 62,4% eram moradores do município do Rio de Janeiro e 69,9% apresentaram formas clínicas multibacilares da hanseníase. Foi possível avaliar o grau de incapacidade inicial de 36 (32,1%) dos pacientes incluídos. Desses, 25% apresentaram grau de incapacidade inicial II. Durante o tratamento poliquimioterápico, 21 (18,8%) pacientes apresentaram algum efeito colateral, sendo o mais comum a anemia relacionada à dapsona. Cinquenta e nove (52,7%) pacientes apresentaram algum tipo de estado reacional da hanseníase e 10 (8,9%) apresentaram complicações sistêmicas graves durante o acompanhamento.
Conclusões: O presente estudo evidenciou um perfil clínico-epidemiológico diferente do descrito na literatura, com uma grande porcentagem de pacientes com grau de incapacidade inicial II, uma alta frequência de estados reacionais e de complicações advindas do curso clínico da doença ou dos tratamentos implementados.