
Fatores associados a desfechos desfavoráveis após trauma craniano leve pediátrico em um centro de referência da região norte de Minas Gerais
Author(s) -
Fabiano O. Poswar,
Caroline R. Gonçalves,
Bruno H. Rebouças,
Samuel B.F. de Souza,
Lázaro Inácio A. Rodrigues,
Paulino C. Fonseca Neto,
Ana Júlia B. Diniz,
Júlia Thalita Q. Rocha,
Laura O. Barros,
José Flávio C. Santos
Publication year - 2014
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.104
H-Index - 10
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v47i4p416-421
Subject(s) - medicine , gynecology
Modelo do Estudo: Coorte prospectivo. Objetivo do Estudo: Descrever características clínicas e demográficas de uma amostra de crianças encaminhadas por traumatismo craniano em um centro de referência na região norte de Minas Gerais e avaliar marcadores clínicos e radiológicos associados a desfechos desfavoráveis. Metodologia: Foram incluídas neste estudo todas as crianças entre 0 e 14 anos atendidas com traumatismo craniano de fevereiro a setembro de 2011. Dados sócio demográficos e clínicos foram coletados no momento da avaliação inicial sob consentimento informado. Os pacientes também foram reavaliados por telefone após 7 e 91 dias. Resultados: Um total de 77 pacientes foi incluído neste estudo. A idade média foi de 3,9 anos, com desvio padrão de 3,76 anos. Quedas e colisões de bicicleta foram os principais mecanismos de trauma. O marcador clínico mais relevante associado a desfechos desfavoráveis com 7 dias foi a percepção pelos pais de comportamento anormal (Odds Ratio = 11,3; intervalo de confiança de 95%: 1,38-93,13; p = 0,02). Alterações na Tomografia Computadorizada foram associadas tanto a desfechos desfavoráveis após 7 dias (p=0,03) como após 91 dias (p=0,02). Conclusões: Os aspectos peculiares do traumatismo craniano em uma população brasileira são descritos neste estudo. Encontrou-se, ainda, que um comportamento anormal e alterações na TC são fatores que predizem desfechos desfavoráveis em crianças com traumatismo craniano leve nessa população.