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Pronto-atendimento ou atenção básica: escolhas dos pacientes no SUS
Author(s) -
Maria do Carmo Guimarães Caccia-Bava,
Maria José Bistafa Pereira,
Juan Stuardo Yazlle Rocha,
Edson Zangiacomi Martinez
Publication year - 2011
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v44i4p347-354
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
Um dos principais desdobramentos do modelo assistencial brasileiro é a sobrecarga dos serviços depronto atendimento por pessoas que apresentam queixas compatíveis com a Atenção Primária à Saú-de. O presente trabalho buscou conhecer as razões da não adesão às unidades básicas e de saúde dafamília (UBS e USF) por parte de pacientes que procuraram o serviço de Pronto Atendimento (PA) comqueixas compatíveis com a Atenção Básica (AB). De caráter descritivo e abordagem quantitativa, desenvolveu-se a pesquisa em um Distrito de Saúde com 140 mil habitantes, integrado por equipes de Saúdeda Família, UBS e serviço de PA para urgência e emergência 24 horas. Levantaram-se Fichas deAtendimento de dois meses típicos, distinguindo-se pacientes com queixas compatíveis com a ABdaqueles com queixas e agravos relativos ao PA. Identificou-se sua frequência geral ao SUS e especí-fica no PA no período de 67 meses. Realizaram-se entrevistas domiciliares semi-estruturadas a pacientes definidos por meio de sorteio. Embora procedentes de 12 diferentes UBS/PSF, em 3 delas concentraram-se 54,6% dos pacientes que buscaram o PA. 55% deles procuraram o SUS por pelo menos 30vezes no período. Destacam-se 14 pacientes que procuraram o SUS mais de 200 vezes, sendo umdeles por 1.012 vezes, um por 1.097 vezes e outro por 2.744 vezes, todos buscando procedimentostípicos da AB. Das 347 visitas realizadas foram obtidas 105 entrevistas. Quanto às razões que motivaram a procura pelo PA 76 % dos pacientes entrevistados apontaram fatores relacionados ao acesso eà acessibilidade (horário de funcionamento, tempo de espera, distância) e 19% referiram aspectosrelativos ao estabelecimento de vínculos. Consideraram que, quando atendidos, a assistência pela AB/PSF é Boa para 57 %; Regular para 16 % e Ruim para 27 % dos entrevistados. A maior adequaçãotecnológica do PA também foi mencionada como estímulo a procurá-lo. Superar as dificuldades apontadas requer investimentos para um aumento da capacidade técnica e de gestão do sistema, de fortalecimento da AB e a revisão dos processos de trabalho, a Educação Permanente e a valorização dosusuários na construção de novos protagonismos sociais.

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