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Distorção da imagem corporal em adolescentes: um estudo de comparação entre dois instrumentos
Author(s) -
Maria Fernanda Laus,
Telma Maria Braga Costa,
Sebastião Sousa Almeida
Publication year - 2009
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v42i3p358-365
Subject(s) - humanities , physics , art
Objetivo : comparar dois instrumentos classicamente utilizados pela literatura especializada, indicados para avaliar possíveis distorções da imagem corporal em adolescentes e adultos de ambos os sexos. Metodologia: aplicou-se o Questionário de Imagem Corporal (BSQ) e a Escala de Figuras de Silhuetas (EFS) em 118 estudantes, com idade média de 16,5 anos (± 1,2), sendo 62 meninos e 56 meninas, de 4 escolas públicas estaduais. O primeiro instrumento mede as preocupações com a forma do corpo, a auto-depreciação devido à aparência física e a sensação de estar “gordo”; enquanto o segundo avalia a percepção do estado atual e do estado desejado, através de 15 silhuetas de cada gênero, apresentadas em cartões individuais, com variações progressivas na escala de medidas, da figura mais magra (IMC = 12,5 Kg/m 2) para a mais larga (IMC = 47,5 Kg/m2). Além disso, aferiu-se peso e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e posterior comparação com a EFS. A análise dos resultados foi realizada através da escala de avaliação do BSQ e o tratamento estatístico consistiu na análise descritiva dos resultados, além da aplicação de um teste de correlação de Pearson entre os instrumentos e do Teste t de Student  para comparação entre os sexos. Resultados: através do BSQ observou-se que 14,5% dos meninos e 60,7% das meninas apresentaram algum grau de distorção da imagem corporal. Já a EFS demonstrou que no grupo feminino, o IMC médio escolhido como “atual” foi de 26,9 Kg/m 2 enquanto o IMC médio real foi de 21,5 Kg/m2 e no grupo masculino, o IMC médio “atual” escolhido foi 23,7 Kg/m 2, enquanto a média do IMC real foi de 21,0 Kg/m2 , indicando uma prevalência de distorção da imagem corporal em ambos os sexos. A análise estatística mostrou uma correlação positiva significativa (r=0,38) entre os dois instrumentos, entretanto, a EFS não apresentou diferença devido ao sexo (p=0,93), enquanto o BSQ detectou um maior grau de distorção no sexo feminino [F(1,110)=13,80; p<0,001)]. Conclusão: ambos os instrumentos detectaram distorções da imagem corporal, porém, o BSQ conseguiu detectar diferenças devido ao sexo enquanto a EFS parece não ser suficientemente sensível para diferenciar os dois sexos.

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