
ATIVIDADE OCUPACIONAL E CATARATA SENIL – OPINIÃO DE PACIENTES DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Author(s) -
Roberta Ferrari Marback,
Edméa Rita Temporini,
Otacílio de Oliveira Maia,
Tânia Schaefer,
Newton KaraJosé,
Newton KaraJosé
Publication year - 2005
Publication title -
medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.104
H-Index - 10
eISSN - 2176-7262
pISSN - 0076-6046
DOI - 10.11606/issn.2176-7262.v38i3/4p301-309
Subject(s) - humanities , medicine , art
Objetivo: Identificar a situação ocupacional e percepções de portadores de catarata senil sobre a relação entre a atividade ocupacional exercida e o surgimento da doença. Métodos: Desenvolveu-se estudo observacional transversal descritivo, por meio de questionário estruturado, aplicado por entrevista, elaborado a partir de estudo exploratório. A amostra, prontamente acessível, foi formada por pacientes atendidos pelo setor de catarata da clínica oftalmológica de um hospital universitário. Resultados: A amostra foi constituída por 110 sujeitos de ambos os sexos (34,5% homens; 65,5% mulheres), com idade entre 43 e 89 anos, ± 10,3 anos. A maior proporção dos entrevistados não exercia atividade remunerada (87,3%). Dentre as opiniões acerca das causas da catarata, destacaram-se a velhice (69,1%), o uso excessivo dos olhos (57,3%) e a exposição ao calor nos olhos (40,9%). Quanto à opinião sobre relação entre atividades profissionais exercidas e catarata, 56,4% não acreditavam que o trabalho tivesse influído, enquanto 43,6% atribuíram às atividades ocupacionais a essa afecção ocular. Foram atribuídos às atividades profissionais: o cansaço visual (37,5%), contato com calor excessivo (12,5%) e uso de produto químico (10,3%). Conclusões: Evidenciou-se predominância acentuada de idosos de baixa escolaridade, não mais exercendo atividade ocupacional e inativos no mercado de trabalho. Entre os que exerciam, prevaleceram as ocupações manuais especializadas, o que sugere reduzido nível socioeconômico e baixo poder aquisitivo. Atribuíram como causas do comprometimento visual situações decorrentes de atividades ocupacionais, como o uso excessivo dos olhos e a exposição ao calor, evidenciando-se conhecimentos errôneos.