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O HOMEM ABSURDO E O SUICÍDIO SACRIFICIAL EM O APOCALIPSE DOS TRABALHADORES
Author(s) -
Rogério Caetano de Almeida,
Jope Leão Lobo
Publication year - 2016
Publication title -
revista desassossego
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2175-3180
DOI - 10.11606/issn.2175-3180.v7i14p191-203
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo pretende analisar como o suicídio possibilita uma profunda tomada de consciência sobre si e o mundo circundante em o apocalipse dos trabalhadores (2013), de Valter Hugo Mãe. Tal perspectiva permitirá analisar o que subjaz ao suicídio dos personagens senhor ferreira e maria da graça e a crítica à exploração, não só do trabalhador, mas do homem em si. A partir da reflexão sobre o mito de Sísifo e sua reverberação no conceito de homem absurdo, de Albert Camus, parte-se para uma interpretação dos detalhes que antecedem os suicídios e suas reverberações na sociedade em que os dois personagens estão inseridos. O artigo estabelece uma relação entre três temáticas importantes – o trabalho, o absurdo e a morte – através da já referida tomada de consciência, que, inevitavelmente, humaniza e, consequentemente, leva a uma morte sacrificial. Em menor intensidade, outros teóricos foram utilizados quando pertinente. São eles: Karl Marx (1996[1867]) e (1848), Michel Foucault (2010[1972]), Georges Minois (1998[1995]) e Mircea Eliade (1998[1995]).

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