
Leitura semiótica do Templo de Salomão e o consumo da fé
Author(s) -
Lúcia Santaella,
Carla Viana Dendasck,
Danielle Ferraro
Publication year - 2021
Publication title -
signos do consumo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-5057
DOI - 10.11606/issn.1984-5057.v13i1p94-110
Subject(s) - art , humanities
O Templo de Salomão, na cidade de São Paulo, surpreende por seu gigantismo e luxo faraônico. Surpreende igualmente pelo grande número de fiéis que atrai para seus rituais. Este artigo tem por propósito colocar esse signo arquitetônico, sua temporalidade, suas referências, seus discursos e seus símbolos sob o escrutínio da semiótica de C. S. Peirce. Esta funciona aqui como uma cartografia cognitiva capaz de orientar a compreensão da complexidade que o signo Templo de Salomão envolve. O mais importante, contudo, é que a complexidade desse signo advém da hipercomplexidade de seu campo de referências históricas milenares, que a semiótica chama de objeto signo. Nessa medida, este artigo procede uma jornada histórica rumo à coleta da densidade desse campo, a saber, daquilo que, na semiótica, recebe o nome de experiência colateral com o objeto do signo. Como resultado, esta análise pretende ser capaz de orientar o leitor à compreensão das camadas de sentido que se sobrepõem na constituição do signo complexo Templo de Salomão.