Open Access
Aprender a Reutilizar a Modernidade
Author(s) -
Gonçalo Canto Moniz,
Andrea Canziani,
Carolina Quiroga
Publication year - 2019
Publication title -
risco : revista de pesquisa em arquitetura e urbanismo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-4506
pISSN - 1679-3498
DOI - 10.11606/issn.1984-4506.v17i3p62-83
Subject(s) - humanities , philosophy , agora , computer science , programming language
Três décadas após a fundação da DOCOMOMO[1], a educação continua a ser uma questão essencial quando se pensa sobre o futuro da herança moderna, mas hoje exige-se uma reflexão crítica sobre as mudanças conceituais e metodológicas que precisamos para enfrentar no atual contexto de complexidade.
Arquitetura moderna está agora a atravessar um momento paradigmático, não só por causa de sua degradação inevitável, mas por causa do impacto dos novos cenários que nos obrigam a repensar a sua conservação e reutilização considerando tanto sua condição construtiva especial como a sua funcionalidade específica, assim como o seu papel na memória coletiva, como recente herança. O ensino do projeto de arquitetura deve resolver estas questões críticas como um objetivo estratégico que antecipa uma prática profissional mais adequada.
A conservação e a reutilização de edifícios modernos ainda estão fora da maioria das escolas de arquitetura. Assim, este texto apresenta três experiências didáticas diversas e complementares desenvolvidas na Europa e na América do Sul: Projeto Consciente para atualizar bairros habitacionais coletivos (Politecnico di Milano, Itália), re-design experimental para integrar casas individuais modernas na vida contemporânea (Universidade de Belgrano, Argentina) e projeto participativo para abrir à comunidade uma escola moderna (Universidade de Coimbra, Portugal). Estes casos de estudo destacam a importância de confrontar os alunos com a história e a memória, e sua importância para a reutilização de edifícios aparentemente comuns e não só para os monumentos emblemáticos modernos.
[1] O DOCOMOMO, Documentação e Conservação do Movimento Moderno, é uma associação sem fins lucrativos criada em 1988 na Holanda com o objetivo de criar um espaço de troca de ideias sobre a conservação, a história e a educação da Arquitetura Moderna. Atualmente está sediada em Lisboa, sob a presidência da Professora Ana Tostões.