
Aderência intertalâmica e Alzheimer
Author(s) -
MIKHAEL BELKOVSKY,
Isabela C. B. Souza,
Flávia Emi Akamatsu,
Flávio Hojaij,
Alfredo Luiz Jácomo
Publication year - 2019
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v98i4p254-258
Subject(s) - medicine , humanities , gynecology , philosophy
OBJETIVO: Descrever dimensões e prevalência da Aderência Intertalâmica (AI) em cadáveres do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital - USP, considerando idade, sexo, peso, altura e histórico pessoal de doença de Alzheimer (DA). MÉTODOS: Cinquenta e sete cadáveres (31H/26M) foram incluídos no estudo, com média de idade de 66,2 anos (variando entre 15 e 91 anos). A análise da AI foi feita após secção transversal da calota craniana e incisão axial no limite inferior do tronco encefálico seguida de retirada do encéfalo de sua cavidade. Cinquenta e quatro encéfalos foram submetidos a incisão sagital mediana, dois encéfalos foram submetidos a cortes axiais, e um encéfalo a secção coronal. Dados quantitativos foram comparadas pelo teste t de student, e dados qualitativos pelo teste de Qui Quadrado. A análise idade vs área foi feita por regressão linear. RESULTADOS: A prevalência de AI foi de 79%, não havendo diferença significativa entre os sexos (p=0,68). Observou-se associação entre menores áreas de secção sagital e idades mais avançadas (p=0,02). Não houve diferença significativa na prevalência de AI nem na área de secção transversal em pacientes com DA. DISCUSSÃO: Ao contrário de estudos prévios, que associaram maior prevalência e tamanho de AI com sexo feminino, isso não foi observado em nossa casuística. Apesar de não ser estatisticamente significativa nota-se uma diferença importante nas áreas médias de secção sagital dos grupos com e sem DA, o que aponta para a necessidade de estudos subsequentes com amostras maiores.