
Indicação de cardioversor desfibrilador implantável após morte súbita por fibrilação ventricular em pré-operatório de catarata: relato de caso
Author(s) -
Livia Rossetti de Abreu e Lima,
Karoline Medeiros Dias,
Thacila Mozzaquatro,
Sílvia Regina Dowgan Tesseroli de Siqueira,
Anísio Pedrosa,
Silvaishioka,
Ricardo Alkmim Teixeira,
Camila da Silva Oliveira,
Roberto Costa,
Martino Martinelli Filho
Publication year - 2017
Publication title -
revista de medicina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1679-9836
pISSN - 0034-8554
DOI - 10.11606/issn.1679-9836.v96i3p193-196
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: A fibrilação ventricular (FV) é um evento grave e fatal na maioria dos pacientes. Neste relato, descrevemos um caso de parada cardíaca durante pré-operatório de cirurgia de catarata em um paciente, com indicação subsequente de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) para prevenção secundária de morte súbita cardíaca (MSC). Trata-se de um homem, 72 anos de idade, admitido para cirurgia de catarata com cardiomiopatia dilatada de etiologia desconhecida (DCM). O paciente apresentava hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipotireoidismo e dislipidemia. Durante o período pré-operatório foi administrado, para realização de facectomia, colírio de tropicamida, fenilefrina e proximetacaína e, na sequência, o paciente desenvolveu FV e parada cardíaca. A parada foi revertida após 13 minutos de manobras de reanimação. O paciente foi encaminhado à Unidade de Estimulação Cardíaca de nossa instituição para avaliação. A ressonância magnética cardíaca não mostrou fibrose miocárdica e a coronariografia foi normal. Conclusão: Descrevemos um caso de FV intra-hospitalar, que acometeu paciente com DCM sem substrato anatômico arritmogênico. O mecanismo mais provável da arritmia ventricular foi hiperautomatismo induzido por estresse pré-operatório. O implante de CDI foi indicado para prevenção secundária de MSC, e afastadas causas reversíveis ou controláveis.